Vejo o temporal que se aproxima mas não tenho medo e nem força pra me levantar da grama. Fico pensando em você, confesso! Quando te falei: […] não porque um dia eu gostei de ti. Até pareceu que você fazia parte de meu passado né?! Irônico. Pois você não é, e sabe disso.
Embaixo de um fio de luz, correndo todos os riscos possíveis de ser alvo de uma descarga elétrica, não tenho medo. Com o papel já borrado pela gotas raras de chuvas que começam a cair, aqui continuo eu, olhando para o céu.
De alguma forma sei o que vai acontecer. Nós sabemos. Mas continuamos nas hipóteses…
Se eu morrer, por um acaso. Você vai sentir minha falta, muita minha falta. Vai chorar e pensar que a sua vida acabou, que você foi um burro, bobo e orgulhoso, por não ter aproveitado o tempo que tinha comigo. Por não ter aproveitado ao lado de quem você amava, ou ama ainda, mesmo essa pessoa não estando mais viva.
Mas caso eu não morra, o que é bem provável graças a Deus, nada vai mudar. Eu vou ser apenas eu, você vai ser incrivelmente você e esse vai ser apenas mais um texto de uma boba apaixonada e não correspondida.
Só sentimos falta depois que perdemos. Cuidado! Não se deixe me perder, porque se eu for eu não volto.